segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

EU x OUTROS



Meditava a respeito do Cristianismo, na mensagem deixada pelo Senhor Jesus, nada de regras ou leis, mas princípios e valores do Seu Reino. Alguém que abriu mão da sua própria vida para que outros pudessem viver; alguém que disse não para o próprio ego para que outros pudessem ser confortados; alguém que deixou o exemplo para que O seguíssemos...

Tenho me perguntado algo há algum tempo e hoje esse questionamento veio à mente novamente: qual meu papel nesse contexto?

O Cristianismo pregado e vivido pelos “seguidores” de Jesus, pelos “cristãos”, evangélicos, principalmente, é apenas o da satisfação do ego, onde tudo coopera para que estas pessoas permaneçam bem acomodadas e satisfeitas.

E a vida de Jesus, seu exemplo, seu testemunho, suas palavras; e o amai-vos uns aos outros como eu vos amei; e a compaixão; o amor; a renúncia; o abraço; o chorar com os que choram; onde ficam?

Sinceramente não sei o que Ele pensa disso tudo, só sei que preciso descobrir meu papel nessa história e não me conformar sendo mais um desses.

Incomodado,
Rodrigo.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Eu creio!



Curas, milagres, maravilhas, pessoas ressuscitando, por onde ele passava o alvoroço era certo, mas se tem algo que me chama atenção era o modo peculiar que ele tocava as feridas da alma de determinadas pessoas. Confronto, reconhecimento da situação seguido de confissão e assim vidas iam sendo tocadas e transformadas.
Tenho pensado muito sobre isso, pois Jesus continua vivo, continua tocando vidas, continua revelando as dores, trazendo a tona as feridas ainda não tratadas. No entanto, percebo que lhe faltam instrumentos pra isso.

Certo dia ele pergunta a um dos seus amigos:
Você me ama?
– Sim, te amo.
Você me ama mesmo?
– Claro que te amo. E pela terceira vez, a mesma pergunta.
– Você me ama mesmo?
– Poxa, claro que te amo.
– Hum, me ama, então vai, cuida das minhas ovelhas.

Parece uma conversa tão simples, não é mesmo, mas foi e é tão séria. Se entendêssemos o teor deste diálogo e o quanto significa.
Vidas estão necessitando do toque de Jesus, mas quem está disposto a ser este instrumento? A verdade é que a partir do momento que, como um canal, tocamos a vida de alguém e conhecemos o desconhecido, que o escondido nos é revelado, acabamos nos comprometendo com aquela pessoa. E surgem alguns pensamentos do tipo:
“Agora eu sei quem ela é”.
“Eu sei o que ela fez”.
“Eu sei o que ela faz”.
“Agora ela vai me procurar”.
“Vou ter que ajudar”.

Pensamentos deste tipo que nos afastam de querer qualquer envolvimento com a pessoa, com seu problema e obviamente de nos comprometer com o tratamento dela.

Não acredito num evangelismo confessional:
·         onde folhetos são distribuídos, sem qualquer envolvimento pessoal;
·         onde a boca transmite palavras que atingem apenas o intelecto;
·         onde um “Deus te abençoe”, exime de qualquer compromisso;
·         onde alguém aceita a Jesus e a pessoa pode caminhar sozinha.

Acredito num evangelismo relacional:
·         onde a boca comunica vida;
·         onde as mãos se entrelaçam;
·         onde os braços rodeiam outros ombros;
·         onde Jesus é transmitido em atos de amor;
·         onde a vida é transmitida através de uma outra vida;
·         onde alguém caminha com outro alguém;
·         onde a ferida é tradada, não instantaneamente, mas o tempo suficiente para a cura ser verdadeira;
·         onde as máscaras são tiradas, mas nem por isso as pessoas deixam de ser amadas;
·         onde a graça de Cristo é revelada;
·         onde o caráter de Jesus seja moldado;
·         onde vidas sejam transformadas a ponto de levarem outros a viverem a mesma experiência.

Parece utópico, mas como diz o meu pastor:  – Se você não crê, não tem problema, deixa eu crer sozinho.

Parece que a voz de Jesus continua ecoando:
Você me ama? Então cuida das minhas ovelhas.

Sem mais,
Rodrigo.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

FRACASSO


Esse blog nasceu no coração de três jovens, que durante algumas aulas de teologia eram confrontados diretamente em seus corações, confrontados quanto a sua  relevância no meio da sociedade e da comunidade eclesiástica. Surgiu então para expressarmos um pouco daquilo que está dentro de nós, e que de alguma forma consiste em gritar cada vez mais alto para que comece de nós o que queremos ver caminhando com a aprovação de Cristo.

E então o nome INCOMODADOS. Incomodados com o que somos e fazemos, e também com o que outros fazem em nome de Deus.

Recentemente vi um documentário rolando na web com o seguinte titulo: “Meu Ministério é um fracasso”, e antes mesmo de assistir fiquei me perguntando: Quem é que quer um ministério fracassado? Quem é que sabendo que seu ministério é um fracasso continua persistindo nesse fracasso? Já que é fracassado, porque não arrumar algo que dê certo para fazer?

Foi um bombardeio de perguntas que fiz para mim, sem sabê-las como responder.

O conteúdo do documentário se baseia em um ministério bem sucedido na perspectiva dos olhos dos homens.

Recentemente estive visitando um perfil na internet de um Pastor bem queridinho por muitos e imaginei aquele ministério em minhas mãos, aquele ministério em que quase todos gostariam de talvez serem escolhido por Deus para encabeçá-lo, mas algo nesse vídeo me impactou: O CORAÇÃO DO HOMEM É ENGANOSO.

Então aqui começo a responder algumas perguntas que fiz para mim mesmo. Não preciso de uma multidão de gente me seguindo, não preciso ter vídeos na internet com milhares de acesso nem tão pouco ser reconhecido para meu ministério ser um sucesso. O sucesso do meu ministério se baseia em eu me render diante Deus e obedecê-lo, fazendo aquilo que ele me chamou para fazer, ainda que seja pregando para 3, 4 ou 5 pessoas! Se essa for a vontade que Deus tem para minha vida, meu ministério será bem sucedido, não aos olhos das pessoas, mas aos olhos de quem me chamou. E não quero paz, quero ser Incomodado todos os dias pelo o Espírito Santo a sair da minha zona de conforto e ir além, do que já faço!

Incomodado,
Thiago Cantanti. 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A SIMPLICIDADE DA VERDADE...




"E conhecemos o amor nisto: que Ele deu a Sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem, pois, tiver bens no mundo, e , vendo o seu irmao necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?

1 º JOAO 03:16-17




O segredo de uma vida abençoada consiste em ser benção na vida de outra pessoa! Esse é o caminho correto, e pra ele não existem atalhos... Jesus disse que o amor de muitos se esfriaria e a violência, o egoísmo, a falta de compaixão se espalharia por todos os lados. Como resultado disso uma nação individualista vem predominando e ditando as regras da sociedade a um bom tempo. Uma geração inteira de gente que não olha pra lugar algum, a não ser pro seu umbigo. E como seria de se esperar, foi inevitável que esse “life stile” adentrasse as portas da igreja de Cristo. Talvez por isso existam tantos vivendo uma religiosidade medíocre, antropocêntrica e superficial. Se tornaram incapazes de criar laços solidários de amizade e de intimidade, de entrega gratuita ao próximo, e como resultado disso, se tornaram incapazes também de se aproximarem de Deus. A resposta que levaria a solução desse problema; correndo o risco de parecer simplista demais, seria imitar a Cristo Jesus!! È interessante como a maioria dos “bons” Cristãos consegue citar de forma decorada o trecho do Evangelho de João 03:16, mas não é capaz de fazer o mesmo quanto a 1º João 03:16!! Assim como Jesus doou-se por completo a toda humanidade, por mim e por você, tornando-se a referencia maior do que significa ser benção, nós também carregamos a responsabilidade de sermos bênçãos aos nossos irmãos! È fato que isso nem sempre é fácil, alias nunca é fácil! Mas creio que também não foi nem um pouco fácil morrer numa cruz e derramar seu sangue pela nossa vida!


Por Cristo, Com Cristo e Em Cristo.


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Reforma ou Construção?



         Ousadia, intrepidez, coragem, essas foram apenas algumas características de um homem que não marcou apenas seu tempo, mas toda história do Cristianismo. Há exatos 495 anos atrás, Lutero pregava na porta da Igreja de Wittenberg, as 95 teses contra as indulgências. Um homem que ao se debruçar sobre a Palavra de Deus entendeu que havia sido chamado para viver pela fé, que a salvação era de graça e que não dependia de outrem a não ser do próprio Cristo. Além de dogmas ou doutrinas humanas, o jovem Martinho tinha o desejo de ver sua Instituição Religiosa voltando as origens, assim como a Igreja Primitiva. Foi excomungado, incompreendido e então deu-se início ao Protestantismo.
      Hoje quase 500 anos depois vemos a “Nova Instituição”, a Evangélica, regredindo dia após dia, trazendo dogmas, doutrinas, amuletos, superstições, objetos “santificados” e “ungidos” que prometem a cura, o milagre, a restauração e proteção. A salvação vem por meio das obras e do quanto você se esforça pra ser “bonzinho”.
   Jesus virou uma espécie de entregador e sua função é conceder os desejos e determinações de “seus filhos”.
     Realmente, está difícil olhar para o Cristianismo neste momento e comemorar alguma coisa. Talvez está na hora de alguns Luteros se levantarem. Detalhe: Luteros nas redes sociais já temos aos montes. Está na hora de nós, como Corpo de Cristo, nos movimentarmos.
       E o que fazer? Eis a questão.



Rodrigo...

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

ENFIM, LIVRE!!?




"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." 
João 08:32



Liberdade! Quem não a deseja, quem não a procura? Cada um de nós busca e anseia por ela, e cada um de nós dá um nome e um sentido diferente a ela. Liberdade pra mim pode ser totalmente diferente de liberdade pra você, mas a verdade é que todos nós, dia após dia, corremos uma corrida desesperada ao encontro dela... Buscamos por que queremos ser livres, queremos que as correntes caiam, que as cadeias sejam desfeitas... Há aqueles que desistiram de encontrá-la, e há outros que fingem tê-la encontrado, os primeiros amargam uma vida frustrada, os segundos vivem uma mentira. E ainda que cada pessoa tenha o seu próprio desejo de libertação, ainda que existam varias necessidades de libertação, só existe uma verdade capaz de torná-la real na nossa vida: CRISTO! Apenas através Dele, Com Ele e Nele é que nós seremos libertos – Jesus é a verdade anunciada a qualquer que deseje ser livre, e paradoxalmente, o homem ou a mulher só se tornarão verdadeiramente livres quando se fizerem cativos de Cristo!



Por Cristo, com Cristo e em Cristo.


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Marche!


     Conversava com um amigo a respeito das nossas dificuldades e de que como nestes momentos não conseguimos enxergar a mudança que queremos ver. Então lembrei-me de Moisés e do povo que ele liderava. Certa ocasião ele recebe a ordem de levar do cativeiro egípcio o povo hebreu e a ordem do Senhor foi clara e objetiva: "Diga ao povo que marche!". Eles não sabiam o que aconteceria, talvez pensassem que seria fácil, mas não é da forma que pensamos, muitas vezes. Quando eles perceberam Faraó e seus carros e cavaleiros estavam perseguindo-os, muito próximo de alcança-los. O caminho que eles podiam percorrer era apenas em frente e ali está o mar. A ordem havia sido dada: Marchem! 
        Conhecemos bem como terminou esse episódio, mas parece que os pregadores de hoje se remetem a ele apenas na vitória alcançada. O Evangelho pregado hoje é o da facilidade, da conquista, da vitória, palavras que trazem conforto, segurança, que afagam o ego e diz tudo o que as pessoas desejam e querem ouvir. Onde um Deus trabalha incansavelmente para satisfazer o desejo do coração daqueles que o "servem" e que está sempre pronto a responder no momento em que o milagre é determinado.
       Paulo já alertava a Timóteo, dizendo que as pessoas não suportariam a sã doutrina e sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos buscariam, juntariam mestres para si mesmos. De fato isso tema acontecido.
        Somos frágeis, dependentes, pequenos, somos sim, é bem  verdade. No entanto, Deus nos trata como filhos e nos disciplina como tais. É Ele quem nos ajuda em nossa fraqueza, é Ele quem nos fortalece, é Ele quem nos capacita e sabe do que precisamos, como precisamos e na hora que precisamos.
        Parece chavão gospel, mas tudo o que acontece tem um propósito. Enquanto vivermos existirão situações difíceis para lidarmos, onde o possível não será suficiente, e é exatamente onde entrará o que realiza o impossível.
       Por isso, é hora de marchar, mesmo que chorando, mesmo não entendendo, mesmo não aceitando, mesmo não sendo do nosso jeito. Temos uma ordem a seguir: Marche! 
      O soldado não fica na trincheira chorando ou questionando, ele tem uma missão, ele tem uma ordem a ser cumprida. Ele se levanta e vai a guerra com as armas que tem. Pegue suas "armas", levante a cabeça e siga em frente.

       Está vendo o exército inimigo vindo atrás de você? Marche!
       Está cansado da caminhada? Marche!
       Está no seu limite? Marche!
       Está frente a frente com o mar? Marche!

      O Senhor ainda continua no controle de tudo. Ele é Soberano. Aleluia!


Incomodado Rodrigo.





terça-feira, 9 de outubro de 2012

INDAGAÇÕES



Por que é tão difícil viver o amor?
Por que é tão difícil viver o amor quando este não é a meu favor?
Por que é tão difícil amar sem esperar algo em troca?
Por que é tão difícil se importar com o outro?
Por que é tão difícil estender a mão?
Por que é tão difícil amar aquele que não tem nada para me oferecer?
Por que é tão difícil abrir mão do conforto por alguém?


Que amor é esse cantado?
Que amor é esse pregado?
Que amor é esse ensinado?
Que amor é esse anunciado?
Que amor é esse?

Pelo amor saberão que são discípulos de Cristo.

Onde estão os discípulos de Cristo?
Onde está o amor?
Onde está Cristo?



Na esperança 
que os discípulos de Cristo se levantem,
Rodrigo.

sábado, 15 de setembro de 2012

SEGUIR JESUS (PARTE UM)








Evangelho de Mateus Cap. 08:19

Então aproximando dele um escriba, disse-lhe: Mestre, seguirte-ei para onde quer que fores.
Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
E outro dos discípulos disse: Senhor, permite-me ir primeiro sepultar o meu pai.
Replicou-lhe porém Jesus: Segue-me, e deixe aos mortos que sepultem os seus próprios mortos.


O trecho de Mateus revela duas situações contrarias na vida daqueles que tomam a iniciativa de seguir a Jesus.
No primeiro exemplo vemos um escriba, um doutor da lei, ou seja, uma pessoa que conhecia os fundamentos da palavra de Deus declarada pelos profetas e líderes do Antigo Testamento. Talvez devido a isso, estivesse acostumado ao fato de que seguir o Cristo, o Messias, devesse representar uma vida de vitórias e de glórias, que eram promessas feitas por todo o AT.
Aquele homem estava dando um passo à frente na sua vida espiritual e tomando a decisão de seguir a Jesus “Para onde quer que Ele fosse...”. É claro que ele não fazia idéia do que aquela decisão significava naquele momento. Fica óbvio que sua iniciativa estava firmada sobre uma religiosidade, uma historia de tradições que com certeza ele vinha aprendendo por vários anos, herdada pelo povo judeu. Por isso Jesus o alerta do que o estava esperando ao caminhar junto Dele.
No segundo exemplo vemos algumas situações diferentes. A Bíblia não diz qual era o nível de conhecimento da lei que aquele personagem tinha, não revela se ele era uma pessoa culta ou se era, tal como os outros discípulos, um homem simples, um pescador ou uma pessoa do campo. Mas a Palavra de Deus diz que ele já era um discípulo, ou seja, já havia tomado em determinado momento da sua vida, a decisão de seguir Jesus, e já o seguia. Assim percebemos que sobre aquele homem já existia toda uma responsabilidade quanto a obra de Cristo, ele já se considerava um discípulo, dessa maneira ele tinha a obrigação de servir como o seu mestre servia. Por isso Jesus o adverte quanto ao que ele pede, pois sobre ele havia a carga de ser um servo de muitos e não somente a sua família. Ele estava colocando a frente da sua missão questões particulares necessidades das quais ele haveria de abrir mão uma vez que havia tomado a decisão de seguir a Jesus. Entendo que não era necessariamente o fato dele desejar ir enterrar o pai, mas sim o foco. O pastor conhece suas ovelhas, o mestre conhece seus discípulos, é certo que por caminhar lado a lado junto daquele homem, e por ter a capacidade divina de conhecer o profundo da alma humana, Jesus pôde enxergar a grande dúvida que começava a nascer no coração daquele discípulo. È muito comum pensarmos em desistir de sonhos e projetos quando somos expostos a grandes tribulações. Penso que aquele homem estava prestes a abandonar seu ministério frente a perda do pai...
Duas situações, uma um homem religioso e que motivado por essa religiosidade quer tomar os caminhos de Cristo, a outra um homem simples que já havia tomado a decisão de seguir Jesus e que naquele instante pensava em voltar atrás, em abandonar a caminhada.
Jesus não obriga ninguém a segui-lo, mas uma vez tomada essa decisão, feita essa escolha, Ele quer que você permaneça firme no propósito e não se deixe sucumbir frente as propostas do mundo. Seguir a Jesus é um convite pessoal, individual, e que nessa individualidade afeta cada um de uma maneira diferente. Seguir a Jesus não é apenas tomar a decisão de levar uma vida de adoração e admiração por Ele ou por Sua obra, mas acima disso, ser um imitador das suas obras, um continuador da sua missão.
Se a sua decisão por seguir Jesus não for a de levar uma vida como a Dele, onde por muitas vezes você vai ser desafiado a se colocar em situações de sacrifício e lutas, quando não seus próprios desafios e lutas, mas outra vezes se colocando a frente delas pelo seu irmão; você desistirá pelo caminho, sucumbirá. Mas uma vez certo do que isso significa, Jesus garante que o seu galardão, o seu presente, será grandioso e a sua alegria sem tamanho.
Em resumo, Seguir a Jesus é a decisão de levar a nossa vida de acordo com os seus ensinamentos, tanto no que diz respeito a maneira como devemos cuidar dos nossos interesses, como também o modo como olhar para os interesses dos outros. Isso traduz, ou tenta traduzir, o grande mandamento deixado por Ele – Amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo.
Quando olhamos para a maneira como vivemos, quais tem sido as nossas prioridades, percebemos que diariamente travamos uma luta contra nós mesmos, contra as nossas vontades, que na grande maioria das vezes vão na contramão dos ensinos de Cristo. Por isso que seguir a Jesus exige um sacrifício diário, um exercício de renuncia. E lutar contra essas vontades não é fácil pra ninguém, mas é um ato de perseverança e fé. Assim vivendo dia após dia como discípulo de Cristo, nos esforçamos em obedecer a sua vontade que se resume na vontade do Pai, por isso, e através disso, demonstramos nosso amor a Deus, perseveramos porque amamos a Deus e buscamos o ideal de amá-lo acima de todas as coisas.
E a ação de segui-lo se completa no amor ao próximo, no doar-se também de maneira diária a vida daqueles que estão a nossa volta, que em regra, é outro grande desafio do discípulo de Cristo. Por isso não temos tempo de olhar pra trás, de sequer pensar no que ficou pra trás, é um ato de seguir adiante, de errar e tentar de novo, sem desistir. A grande artimanha do pecado é fazer com que percamos tempo pensando nele, por muitas vezes nos condenando por ter errado conosco e com o próximo. Por isso Jesus se coloca como o libertador do pecado, e esse caminhar diário como discípulo de Cristo nos ensina a recorrer a Ele quando nos sentimos culpados. Não temos tempo a perder!! Seguir a Jesus requer uma decisão rápida! Tem que ser agora!


Por Cristo, Com Cristo e Em Cristo!.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Além de um Sentimento


     
     Certa vez perguntaram ao Senhor Jesus qual era o maior mandamento de todos, Ele então respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. E o segundo, semelhante a este, amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Mas como Jesus sempre renova todas as coisas, o evangelista João fala de um novo mandamento que diz: “Ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.
     Vivemos em uma época tão difícil, onde o que impera na vida em sociedade é o eu, o egoísmo, o venha a nós o vosso reino e seja feita a minha vontade. Tempo em que as pessoas querem que as outras façam por elas aquilo que elas não fazem pelo próximo.
     Falar de amar o próximo é tão lindo, mas tão distante da realidade. Quem dirá então dizer de amar o próximo como Jesus nos amou.

     Talvez você pense ou diga assim: “Deus conhece o meu coração”. Sim, de fato, Ele sonda o intimo do coração e o conhece melhor do que você mesmo. No entanto, não consigo conceber ou acreditar num amor que é vivido apenas internamente, dentro do coração, que não é exposto em ações concretas, de gestos e atitudes. E se este amor não é demonstrado na prática pra mim não é amor.
     Quantas pessoas estão sofrendo ao nosso lado e o que enxergamos é o nosso próprio sofrimento.
     Ouvimos alguém dizer: fulano não me liga, beltrano não me visita... eu te pergunto quando foi a última vez que você ligou para fulano ou qual a ultima vez que visitou o beltrano? Cobramos das pessoas geralmente aquilo que não fazemos.
     “Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros". João 13:34-35
     Se cada pessoa que se denomina cristã, vivenciasse essa verdade o mundo saberia quem é aquele Jesus cantado e pregado dentro dos templos.
     Será que você está disposto a renunciar, um pouco do seu tempo, seu lazer, seu trabalho, de sofrer com alguém, de chorar com alguém, de celebrar as conquistas com alguém?
     Por fim, que a entrega de Jesus seja seu referencial de amor. Nosso maior exemplo veio mostrar que o que Ele veio trazer foi um novo e diferente, estilo de vida, e não mais uma religião que só produz regras.
     Pense nisso e olhe a sua volta, alguém neste exato momento pode estar precisando de uma simples ligação, de uma mensagem, de um abraço ou só de um “estou aqui”.




Incomodado com a Indiferença,
Rodrigo.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

SER E SERVIR – CONGRESSO SIM 2012





Nesse último final de semana, de 25 a 27 de Maio, estive participando pela primeira vez de um Congresso Missionário promovido pelo pessoal da SIM-Brasil, sobre missões.
As minhas expectativas foram alcançadas, pois foi muito bom poder ouvir os relatos de vida e as experiências de campo que aqueles homens e mulheres de Deus compartilharam conosco.
É desafiante imaginar viver aquela realidade, muitas vezes abrindo mão de promissoras carreiras, status, vida abastada, para seguir adiante a serviço de Deus num outro país, numa outra cultura, na maioria das vezes entre pessoas completamente excluídas de tudo e sem recurso nenhum. E é completamente estimulante também poder contemplar a expectativa de viver um pouco de tudo aquilo.
Entre tantas coisas boas e abençoadoras que ouvimos, houve algo que guardei da parte de um dos missionários, o Dr. Eduardo Lucas, que disse: “Nós temos na nossa cultura, no nosso país o triste hábito de “ser servido” e não de “servir...”
Ouvindo essa frase fiquei pensando o quanto é irônico e contraditório a maneira como a grande maioria -  e eu me incluo nessa maioria -  gostam de encher o peito e citar com uma tremenda autoridade as palavras do Apóstolo Paulo  na sua carta aos Gálatas: “...Não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim...” (Gl 02:20).
Quão maravilhosas são essas palavras, quanto poder há naquilo que elas querem dizer – Cristo vive em mim, e desse modo, fala por mim age através de mim... Realmente é lindo isso não é mesmo?
Porém o que também a grande maioria, incluindo eu, esquecemos ou fingimos esquecer, é que o mesmo Paulo diz na sua carta aos Filipenses que Jesus mesmo sendo Deus, não teve a mínima pretensão de ser tratado como Deus, pelo contrário, assumiu a forma de SERVO e ao invés de ser servido, serviu a humanidade até a morte, e morte na cruz! (Fp 02:05-08).
E assim valeu a lição! SIM, eu quero ter a honra e a graça de poder dizer que Cristo vive em mim, mas também quero ter o sentimento de realização em dizer que faço a Sua vontade e cumpro a minha MISSÃO!

Por Cristo, Com Cristo e Em Cristo.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens...



A teologia da Missão Integral propõe a mescla da ação social com o evangelismo olhando para o ser humano como uma criatura de Deus na sua totalidade com necessidades físicas, materiais e espirituais. Ela pretende desalienar as práticas de fé existentes na grande maioria das comunidades e nas atitudes das pessoas.
As tradições e os costumes herdados criaram raízes no meio cristão, principalmente no meio evangélico, trazendo pra nós, ainda que não propositalmente, o pensamento equivocado de separar o homem do seu todo, criando partes distintas do ser humano, ou seja, a famosa ideia de corpo, alma e espírito. Ao adotar esse pensamento, acabamos por distanciar as necessidades de um e do outro, desconstruímos a obra da criação de Deus que por sua vez fez o homem e a mulher na sua totalidade, interagindo com o meio em que vive.
A partir daí criou-se uma ideia dualista, condenando o que provem da carne e exaltando alienadamente o que seria do espírito ou da alma.
Tal visão faz com que o ser humano se torna uma simples estatística, um numero ou uma equação matemática. A conversão se torna superficial porque toca apenas a superficialidade do ser humano, o evangelho perde seu poder transformador e cria uma geração de sepulcros caiados.
Iniciativas como a da Teologia da Missão Integral têm obtido bons resultados na tentativa de corrigir esses hábitos nocivos e instaurar o ide de Cristo na vida do homem e da mulher de maneira que se tornem salvos e remidos por inteiro, e não em partes...
A extrema exploração da espiritualidade de maneira irresponsável tem cooperado para esse surgimento crentes fracos e superficiais, que não se aprofundam no amor de Cristo. De certo modo as palavras do Senhor Jesus tem se confirmado: “E por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos.” MT 24:12.
A iniquidade não está apenas ligada ao pecado ou pecador, ímpio ou pessoa longe da presença de Deus. A iniquidade também é sinônima de desigualdade, de injustiça e de excessos de todos os tipos. E quantos são os que existem no meio da igreja que tem agido assim. Penso que por isso mesmo Jesus tenha dito, “quase todos” ....
O profeta Isaias menciona no seu livro que o verdadeiro jejum que agrada a Deus, e tratando-se de jejum podemos também chamar de sacrifício que agrada a Deus, não é aquele que se resume a abster-se do alimento ou vontades, mas sim a demonstração efetiva de amor ao próximo, em todas as suas necessidades; físicas, psíquicas, materiais e espirituais (Is 58:06-07).
Certa vez ouvi uma historia sobre um rapaz cristão que passando com o seu carro por um semáforo foi incomodado por uma criança parada ao lado da sua janela, descalça com aparência abatida, pedindo por uma ajuda... O sinal se abre e o rapaz se vê obrigado a seguir em frente. Aquela imagem o perturbou e ele como bom cristão que era dobrou os seus joelhos e orou ao Senhor dizendo: Senhor Deus, porque o Senhor não ajuda esses pequeninos, porque o Senhor não faz nada pra mudar essa realidade... E eis que o Senhor respondeu a oração do rapaz: Mais Eu já fiz!!! ... Fiz você!!
Cada vez que amamos o próximo, de maneira verdadeira, estamos pregando Jesus a ele. É essa atitude nossa que desperta o desafio na mente e no coração do outro, aproximando-o de Deus. A partir daí o Espírito Santo se encarrega da obra.
E por fim, façamos como diz uma frase conhecida, geralmente atribuída ao grande homem São Francisco de Assis: Preguemos o evangelho a todo o instante, para todas as pessoas, e se preciso for usemos as palavras ...


Por Cristo, Com Cristo e Em Cristo.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A FÉ QUE TOCA O CORAÇÃO DE DEUS!!






Leitura do Texto: Evangelho Segundo Mateus – Cap. 15 versos 21 ao 28
                              A Mulher Cananéia


O texto acima é sem dúvida um dos mais polêmicos encontrados na Bíblia Sagrada, pois nele toda aquela imagem compassiva e misericordiosa que costumamos  ter do nosso Senhor Jesus, aparentemente se contraria pela maneira como Ele trata aquela mulher.
Eu já ouvi muitas interpretações, pregações tentando explicar a atitude de Jesus, umas até com certa coerência, outras completamente absurdas.
Polêmicas a parte, esse texto não tem a pretensão de entrar no mérito de querer explicar o que Jesus fez ou deixou de fazer, o que eu quero é convidar você leitor para junto comigo nos colocarmos no lugar não de Jesus, mas do outro personagem principal dessa historia – a Mulher Cananéia! E a partir daí tentarmos aprender algo com ela...
Nesse trecho do Evangelho Jesus sai do território Judeu e segue em direção a uma terra estrangeira; grande parte dos estudiosos concordam que provavelmente Ele estivesse em busca de algum período de descanso, um tempo onde pudesse ficar a sós, quem sabe orar, falar com o Pai.
Essa região, chamada de Tiro e Sidom, ficava a aproximadamente 45 quilômetros de Cafarnaum e fazia divisa com as terras da Galileia. Era habitada por um povo não judeu, pagão ou ainda como vieram ser chamados mais adiante, povo gentil.
Mas tão logo Jesus adentra pela cidade sua expectativa de descanso é interrompida. Uma mulher surge correndo ao seu encontro, desesperada...
Uma mulher cuja Escritura não nos revela seu nome, nem suas características, é chamada pelo evangelista Mateus de “mulher-cananeia”, ou seja, originaria das terras de Canaã. Mateus por ser conhecido como o escritor dos Judeus reforça a idéia do paganismo daquela mulher. Marcos, o outro evangelista, que escreveu especialmente aos romanos, a chama de Siro-fenicia, reportando-se ao povo de origem grega, mas em ambos os casos a intenção é uma só; descrevê-la como estrangeira e impura.
O texto também revela que ela tinha uma filha, e que essa filha padecia sofrendo muito, atormentada por demônios. Essa situação tornava aquela garota, aos olhos do povo judeu e até do seu próprio povo, uma figura duplamente impura; por ser estrangeira e ainda estar endemoninhada.
Acostumada com a discriminação por onde quer que fosse aquela mulher, conhecida por um lado como a pecadora e pelo outro como a mãe da amaldiçoada, sofria as dores da filha como se fossem na sua própria pele, na sua própria carne. E ela como mãe, não tendo o que fazer se via completamente impotente frente aquela realidade.
          Um Pai ou uma Mãe seriam capazes de entender facilmente o que aquela mulher vinha passando. A palavra de Deus diz que os filhos são a herança do Senhor para a nossa vida, eles são extensões da nossa vida. Quando meus filhos ficam doentes, quer seja um pequeno resfriado, aquilo já causa um grande incomodo, as coisas já não ficam como deveriam ser, agora você imagine ter um filho ou filha “terrivelmente endemoninhado”!!
            É fácil presumir que aquela mulher já tivesse procurado vários outros caminhos, buscado soluções em tudo quanto é lugar. Quem sabe algum grande “profeta”, curador, benzedeiro...
A dor aguda e o desespero faz isso com a gente, nos torna cegos, batemos em toda e qualquer porta que exista uma possibilidade de esperança...
Mas a confiança em Jesus nos trás de volta a realidade, e na grande maioria das vezes essa confiança é exercida através da FÉ. A busca pela resposta se torna mais concreta, mais clara. A razão que antes havia desaparecido vem à tona e se alia ao coração...
O livro do profeta Jeremias diz:“Burcar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o coração.”Jr 29:13

O combustível que move o coração do homem/mulher nessa busca é a ...


Aquela mulher num ato inconsciente de fé chega até Jesus, e clama pela sua compaixão... Ela o chama de filho de Davi!
Talvez tivesse ouvido historias a respeito Dele, dos milagres que fazia, talvez seu coração tenha se enchido de tanta certeza (fé) que o Espírito havia lhe revelado aquilo; não sabemos. O que sabemos é que somente duas pessoas foram capazes de reconhecer em Jesus a concretização da profecia messiânica. Uma delas foi Bartimeu o Cego de Jerico (Marcos 10:46,52), a outra é essa mulher a Cananéia...
E ambas pessoas tidas pela sociedade como alienadas, rejeitadas, longe da graça de Deus, excluídos, a escoria da sociedade...
Ela reconhece e declara Jesus como o Messias, e se coloca diante Dele no versículo 22 numa atitude de culto, de adoração e reverencia...
Por muito menos que isso Jesus já havia respondido em situações anteriores, mas ali no verso 23 a bíblia fala que Ele não respondeu palavra alguma. Ele ficou quieto!
O silencio é muito mais atemorizador do que a resposta ofensiva ou negativa.  Ele cria uma ansiedade fora do controle...
Quem já não passou por isso, quem já não perdeu todos os cabelos do joelho de tanto orar e a resposta simplesmente não vem!!? È o silêncio de Deus frente as nossas orações...
Mas esse silencio não dura para sempre. Quando a fé em Jesus toma o controle da nossa vida, ela faz desse silencio um período de aprendizado e amadurecimento. O coração do homem e da mulher se fortalece e continua firme na direção da resposta...

O combustível que move o coração do homem/mulher é a Fé...




E aquela mulher tinha fé! E essa fé fazia dela perseverante, confiante... Ela não se intimida frente ao silêncio de Jesus, ela segue e se prosta diante Dele e O adora como nenhum outro judeu havia feito antes...
Eis aqui um diferencial. Com o passar do tempo nossa tendência é cada vez mais transformar a nossa espiritualidade, numa espiritualidade expressa, mas expressa não no sentido de expressão, mas no sentido da rapidez e da praticidade...
Nós corremos atrás de tantas coisas durante nosso dia, achamos que fazemos tantas coisas pra Deus, e acabamos caindo numa rotina espiritual que começa a impedir que exista realmente um relacionamento de dependência e cumplicidade com Deus... Quando isso acontece, a impressão que temos é que somos imbatíveis, “super-crentes”, mas na realidade nos tornamos tão fracos que qualquer ventinho, qualquer assovio no telhado tira a nossa atenção, desvia o nosso caminho, ou seja, o caminho da adoração gratuita....
Aquela mulher venceu essa rotina!! Ela se ajoelha diante de Jesus e clama: Senhor socorre-me!
E como se o silencio já não fosse por si só perturbador, no versículo 26 Jesus menciona aquela frase épica: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-los aos cachorrinhos”.
Jesus não diz aquelas palavras de maneira aleatória, ele nunca fazia isso. Existia um sentido naquilo que ele queria dizer.
No livro chamado A Historia dos Hebreus de Flavio Josefo, o autor diz que a frase dita por Jesus era um ditado já conhecido e muito usado pelos judeus quando se reportavam aos gentios, em especial ao povo siro-fenicio. Chamava-os de Cães! Ele menciona ainda que a palavra grega usada no texto significa cachorrinho de colo, de casa, aquele que tem permissão pra ficar debaixo da mesa... E não só Jesus sabia o que queria dizer, mas o povo gentio também conhecia essa frase...
Assim, desse modo, qualquer outro já teria desistido a essa altura do campeonato. Naquele momento a esperança que aquela mulher tinha começava a vazar pelo vão dos seus dedos. A luz que Jesus simbolizava antes se transformara como a luz de uma Locomotiva correndo em alta velocidade no sentido contrario a ela...
O silencio de antes se transforma em palavras duras, palavras que ofendiam...
E quantas vezes isso também não acontece conosco!! Quantas vezes nós oramos e jejuamos muito e dizemos “Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece...”. Mas na verdade, isso acontece porque erramos em fazer todas essas coisas com o piloto automático ligado...
Aquele primeiro amor que envolve o novo convertido tende a se apagar ou desaparecer com o tempo, e não porque Deus se torna menos capaz de amar, mas porque nós endurecemos o nosso coração...
Quando chegamos a esse ponto devemos olhar na direção de Cristo e buscar o resgate desse amor, traze-lo novamente à tona. E existe algo que nos ajuda muito nessa tarefa, algo tão simples que até na composição da sua palavra parece pequena, mas traz junto de si um poder tremendo... A Fé!
A Bíblia diz que sem ela é impossível agradar a Deus, diz que através dela até os montes saem dos seus lugares. A Fé quando praticada na sua excelência se converte em esperança e confiança, ela transforma realidades...

...Ela alcança o coração de Deus!!!!




A fé transforma maldições em bênçãos, transforma pecadores em homens e mulheres cheios da graça de Deus...
As situações difíceis chegam, mas fé, a fé em Jesus, enche o nosso coração de bom animo e com Ele vencemos essas situações, vencemos o mundo...
Há uma frase que diz assim: “A incredulidade é sempre capaz de tirar conclusões tristes, mesmo das mais confortadoras promessas, mas a fé pode achar ânimo mesmo onde pareça que tudo seja desanimador...”.
E aquela mulher Cananéia, por mais que naquele momento, tivesse tudo para acrescentar na sua vida mais um episódio de frustração, uma decepção na tentativa de salvar a sua filha, percebe e crê que naquele instante havia algo de diferente,  porque ali na sua frente estava o Senhor da vida.
E assim ela num ato que eu considero como um dos mais exemplares pra nossa vida como cristãos, pega aquela palavra que foi direcionada a ela como maldição, e através da sua fé, ela a transforma em benção... ou seja, ela TOCA o coração do Pai...

         “E ela disse: Sim Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.”Mt 15:27

Naquelas palavras ela dizia: Por mais que eu seja um cão, eu ainda tenho um dono, eu ainda tenho um Senhor, e por mais que eu seja um cão, eu sei e creio que esse Senhor cuidará de mim... Eu não sou um vira-lata, eu não estou andando errante pelas ruas, não! Eu tenho um Senhor...!
E no final, através da sua fé em Jesus, ela própria se tornou o instrumento de Deus para a salvação e cura da sua filha...
No Evangelho de Marcos o Senhor Jesus diz: “Por causa dessa palavra, podes ir, o demônio já saiu da tua filha...”Mc 07:29.
Aquela criança que antes era duplamente impura, naquele momento se tornou pura! Onde abundava o pecado, superambundou a graça!!

E com aquelas palavras Jesus está dizendo: Por causa de toda a fé que eu encontrei em você, MEU CORAÇÃO FOI TOCADO...!

Que nós sejamos capazes de praticar a nossa fé com tanta excelência ao ponto de alcançarmos o coração do nosso Senhor!!
Idamar.
Por Cristo, Com Cristo e Em Cristo.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A IGREJA QUE TRANSFORMA – BREVE RELATO





"Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim." João 17:23

** Alguns trechos extraídos da obra:  "Se Jesus fosse Prefeito" Bob Moffitt/Karla Tesch

A Igreja é o Corpo de Cristo na terra, são seus braços, seus olhos, sua boca. A Igreja é um dos instrumentos transformadores de Deus, juntamente com o Espírito Santo.
A Igreja nasce da conversão e da transformação constante do ser humano – sua mente, seu caráter e seu comportamento mudam – Deus realiza essa obra respeitando a história de cada pessoa, pois cada pessoa é única. Essa mudança que acontece num primeiro momento no âmbito do individuo, em seguida contagia toda a sua família, um se torna uns. Indivíduos e famílias transformados se unem e formam uma comunidade, a ação sobre a direção de Deus faz com que essa comunidade comece a mudar realidades à sua volta, assim comunidades transformadas por Deus alcançam uma Nação.
Desse modo funciona a Igreja; individuo, família, comunidade, Nação -  caminhando juntos tendo Cristo como centro de suas vidas.
Não tem como um cristão caminhar sozinho, pois ser cristão é estar ligado ao Corpo de Cristo, é estar envolvido, é viver em comunhão.
Essa congregação de Santos impacta o meio em que vive, e através dela Deus ministra intencionalmente em todas as áreas da vida.
Mais do que qualquer outra instituição, a igreja tem o maior potencial para conformar, e moldar a cultura, ela tem o mandado, a missão, tem o poder que foi dado a Ela pelo próprio Pai. A igreja ajuda no comprimento da tarefa de realizar a vontade de Deus na terra e no céu.
A Igreja promove a transformação bíblica do homem e da mulher, é usada por Cristo para restaurar tudo o que foi quebrado, partido naquele momento onde o ser humano se rebelou contra o seu Criador.
Mas em muitos casos, a igreja tem perdido seu foco, tem deixado a anunciação do Reino de Deus de lado e se entregando ao mundo, ao invés da igreja entrar no mundo e transforma-lo, o mundo tem penetrado na igreja e modificado toda a sua estrutura.
Em muitos casos, ela caminha combatendo os sintomas ao invés de curar a doença, segue ignorando a raiz dos problemas e perdendo tempo enfrentando a colheita continua da injustiça. Ao invés de combater o pecado, a igreja segue lançando um jugo cada vez mais pesado sobre os ombros do pecador.
A necessidade aliada à vontade de “propagar o reino” transforma a igreja num centro de entretenimento de todos os tipos, o culto se transforma em celebração, Cristo deixa de ser o centro da Igreja e passa a ser um serviçal na obra. Deus começa a ser avaliado não pelo que Ele é, mas pelo o que Ele faz...
Essa ânsia demoníaca provoca a ilusão de que quanto maior for o número de cristãos reunidos debaixo de um teto de templo, maior é a realização da vontade do Senhor. Para que isso aconteça, muitas vezes, a palavra de Deus é distorcida para não ofender os aspectos ímpios da nossa cultura capitalista e secularizada.
Existe uma historia que fala sobre dois tipos de igreja, igrejas-lago e igrejas-rio. Não são localizações físicas da igreja, mas filosofias de ministério. Um lago, embora grande, está limitado por aquilo que pode fazer. Ele pode crescer, Ele pode diminuir ou ele pode estagnar. Os rios, contudo, tem ímpeto; eles podem mudar seu curso, e com isso arrastam a tudo que encontram no seu trajeto. Uma igreja-lago é um lugar para coletar mais e mais pessoas e o sucesso é medido mais pelo tamanho do lago do que pelo crescimento das pessoas em caráter e serviço. Igrejas-rio impactam pessoas enquanto elas estão no canal, e elas gotejam pelas ribanceiras. “Quantas pessoas estavam lá?” é pergunta-lago. “O que aconteceu aqueles que foram?” é pergunta-rio. “Quantas pessoas foram (assistiram) ao programa?” é pensamento-lago. “O programa atingiu as pessoas (tocou-as)?” é pergunta-rio (Brow, 21).
Quando igrejas crescem de acordo com os princípios do Reino, seus membros se comprometem a viver sob o reinado do Seu Salvador, para representar esse reinado em cada domínio da sua vida pessoal, familiar e comunitária.
Quando as igrejas crescem assim, a sociedade toda é transformada. O Reino de Deus se torna visível e a vontade Dele é feita na terra e no céu.

Idamar.
Por Cristo, Com Cristo e em Cristo.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Ocupados demais...


    



     Fico pensando em tantas dádivas, tantas bênçãos que recebemos...
     Fico pensando naqueles que neste momento passam por dor, por angústia e sofrimento...
    Fico pensando na geração de cristãos que se levanta preocupados com seus próprios interesses. Pessoas que buscam respostas, buscam milagres e simplesmente quando recebem se dão por satisfeitos em sua busca e precisam parar para “descansar”. Tratam Deus como o dono de uma loja de departamentos.
    Jesus sempre ensinou seus discípulos que é melhor dar do que receber e fico pensando, será que as pessoas ao lerem os ensinamentos do Mestre não entendem o que isso significa?
   Imagine se no corpo humano cada membro quisesse fazer sua própria vontade? Que caos seria! Nós, Sua igreja, somos comparados ao corpo de Cristo. Agora me pergunto será que, hoje, podemos ser comparados ao corpo do nosso Senhor? Será que somos Suas mãos? Será que somos seus pés? Será que somos Sua boca?   
    Afinal, estamos ocupados demais desfrutando das bênçãos que recebemos.