segunda-feira, 28 de maio de 2012

SER E SERVIR – CONGRESSO SIM 2012





Nesse último final de semana, de 25 a 27 de Maio, estive participando pela primeira vez de um Congresso Missionário promovido pelo pessoal da SIM-Brasil, sobre missões.
As minhas expectativas foram alcançadas, pois foi muito bom poder ouvir os relatos de vida e as experiências de campo que aqueles homens e mulheres de Deus compartilharam conosco.
É desafiante imaginar viver aquela realidade, muitas vezes abrindo mão de promissoras carreiras, status, vida abastada, para seguir adiante a serviço de Deus num outro país, numa outra cultura, na maioria das vezes entre pessoas completamente excluídas de tudo e sem recurso nenhum. E é completamente estimulante também poder contemplar a expectativa de viver um pouco de tudo aquilo.
Entre tantas coisas boas e abençoadoras que ouvimos, houve algo que guardei da parte de um dos missionários, o Dr. Eduardo Lucas, que disse: “Nós temos na nossa cultura, no nosso país o triste hábito de “ser servido” e não de “servir...”
Ouvindo essa frase fiquei pensando o quanto é irônico e contraditório a maneira como a grande maioria -  e eu me incluo nessa maioria -  gostam de encher o peito e citar com uma tremenda autoridade as palavras do Apóstolo Paulo  na sua carta aos Gálatas: “...Não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim...” (Gl 02:20).
Quão maravilhosas são essas palavras, quanto poder há naquilo que elas querem dizer – Cristo vive em mim, e desse modo, fala por mim age através de mim... Realmente é lindo isso não é mesmo?
Porém o que também a grande maioria, incluindo eu, esquecemos ou fingimos esquecer, é que o mesmo Paulo diz na sua carta aos Filipenses que Jesus mesmo sendo Deus, não teve a mínima pretensão de ser tratado como Deus, pelo contrário, assumiu a forma de SERVO e ao invés de ser servido, serviu a humanidade até a morte, e morte na cruz! (Fp 02:05-08).
E assim valeu a lição! SIM, eu quero ter a honra e a graça de poder dizer que Cristo vive em mim, mas também quero ter o sentimento de realização em dizer que faço a Sua vontade e cumpro a minha MISSÃO!

Por Cristo, Com Cristo e Em Cristo.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens...



A teologia da Missão Integral propõe a mescla da ação social com o evangelismo olhando para o ser humano como uma criatura de Deus na sua totalidade com necessidades físicas, materiais e espirituais. Ela pretende desalienar as práticas de fé existentes na grande maioria das comunidades e nas atitudes das pessoas.
As tradições e os costumes herdados criaram raízes no meio cristão, principalmente no meio evangélico, trazendo pra nós, ainda que não propositalmente, o pensamento equivocado de separar o homem do seu todo, criando partes distintas do ser humano, ou seja, a famosa ideia de corpo, alma e espírito. Ao adotar esse pensamento, acabamos por distanciar as necessidades de um e do outro, desconstruímos a obra da criação de Deus que por sua vez fez o homem e a mulher na sua totalidade, interagindo com o meio em que vive.
A partir daí criou-se uma ideia dualista, condenando o que provem da carne e exaltando alienadamente o que seria do espírito ou da alma.
Tal visão faz com que o ser humano se torna uma simples estatística, um numero ou uma equação matemática. A conversão se torna superficial porque toca apenas a superficialidade do ser humano, o evangelho perde seu poder transformador e cria uma geração de sepulcros caiados.
Iniciativas como a da Teologia da Missão Integral têm obtido bons resultados na tentativa de corrigir esses hábitos nocivos e instaurar o ide de Cristo na vida do homem e da mulher de maneira que se tornem salvos e remidos por inteiro, e não em partes...
A extrema exploração da espiritualidade de maneira irresponsável tem cooperado para esse surgimento crentes fracos e superficiais, que não se aprofundam no amor de Cristo. De certo modo as palavras do Senhor Jesus tem se confirmado: “E por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos.” MT 24:12.
A iniquidade não está apenas ligada ao pecado ou pecador, ímpio ou pessoa longe da presença de Deus. A iniquidade também é sinônima de desigualdade, de injustiça e de excessos de todos os tipos. E quantos são os que existem no meio da igreja que tem agido assim. Penso que por isso mesmo Jesus tenha dito, “quase todos” ....
O profeta Isaias menciona no seu livro que o verdadeiro jejum que agrada a Deus, e tratando-se de jejum podemos também chamar de sacrifício que agrada a Deus, não é aquele que se resume a abster-se do alimento ou vontades, mas sim a demonstração efetiva de amor ao próximo, em todas as suas necessidades; físicas, psíquicas, materiais e espirituais (Is 58:06-07).
Certa vez ouvi uma historia sobre um rapaz cristão que passando com o seu carro por um semáforo foi incomodado por uma criança parada ao lado da sua janela, descalça com aparência abatida, pedindo por uma ajuda... O sinal se abre e o rapaz se vê obrigado a seguir em frente. Aquela imagem o perturbou e ele como bom cristão que era dobrou os seus joelhos e orou ao Senhor dizendo: Senhor Deus, porque o Senhor não ajuda esses pequeninos, porque o Senhor não faz nada pra mudar essa realidade... E eis que o Senhor respondeu a oração do rapaz: Mais Eu já fiz!!! ... Fiz você!!
Cada vez que amamos o próximo, de maneira verdadeira, estamos pregando Jesus a ele. É essa atitude nossa que desperta o desafio na mente e no coração do outro, aproximando-o de Deus. A partir daí o Espírito Santo se encarrega da obra.
E por fim, façamos como diz uma frase conhecida, geralmente atribuída ao grande homem São Francisco de Assis: Preguemos o evangelho a todo o instante, para todas as pessoas, e se preciso for usemos as palavras ...


Por Cristo, Com Cristo e Em Cristo.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A FÉ QUE TOCA O CORAÇÃO DE DEUS!!






Leitura do Texto: Evangelho Segundo Mateus – Cap. 15 versos 21 ao 28
                              A Mulher Cananéia


O texto acima é sem dúvida um dos mais polêmicos encontrados na Bíblia Sagrada, pois nele toda aquela imagem compassiva e misericordiosa que costumamos  ter do nosso Senhor Jesus, aparentemente se contraria pela maneira como Ele trata aquela mulher.
Eu já ouvi muitas interpretações, pregações tentando explicar a atitude de Jesus, umas até com certa coerência, outras completamente absurdas.
Polêmicas a parte, esse texto não tem a pretensão de entrar no mérito de querer explicar o que Jesus fez ou deixou de fazer, o que eu quero é convidar você leitor para junto comigo nos colocarmos no lugar não de Jesus, mas do outro personagem principal dessa historia – a Mulher Cananéia! E a partir daí tentarmos aprender algo com ela...
Nesse trecho do Evangelho Jesus sai do território Judeu e segue em direção a uma terra estrangeira; grande parte dos estudiosos concordam que provavelmente Ele estivesse em busca de algum período de descanso, um tempo onde pudesse ficar a sós, quem sabe orar, falar com o Pai.
Essa região, chamada de Tiro e Sidom, ficava a aproximadamente 45 quilômetros de Cafarnaum e fazia divisa com as terras da Galileia. Era habitada por um povo não judeu, pagão ou ainda como vieram ser chamados mais adiante, povo gentil.
Mas tão logo Jesus adentra pela cidade sua expectativa de descanso é interrompida. Uma mulher surge correndo ao seu encontro, desesperada...
Uma mulher cuja Escritura não nos revela seu nome, nem suas características, é chamada pelo evangelista Mateus de “mulher-cananeia”, ou seja, originaria das terras de Canaã. Mateus por ser conhecido como o escritor dos Judeus reforça a idéia do paganismo daquela mulher. Marcos, o outro evangelista, que escreveu especialmente aos romanos, a chama de Siro-fenicia, reportando-se ao povo de origem grega, mas em ambos os casos a intenção é uma só; descrevê-la como estrangeira e impura.
O texto também revela que ela tinha uma filha, e que essa filha padecia sofrendo muito, atormentada por demônios. Essa situação tornava aquela garota, aos olhos do povo judeu e até do seu próprio povo, uma figura duplamente impura; por ser estrangeira e ainda estar endemoninhada.
Acostumada com a discriminação por onde quer que fosse aquela mulher, conhecida por um lado como a pecadora e pelo outro como a mãe da amaldiçoada, sofria as dores da filha como se fossem na sua própria pele, na sua própria carne. E ela como mãe, não tendo o que fazer se via completamente impotente frente aquela realidade.
          Um Pai ou uma Mãe seriam capazes de entender facilmente o que aquela mulher vinha passando. A palavra de Deus diz que os filhos são a herança do Senhor para a nossa vida, eles são extensões da nossa vida. Quando meus filhos ficam doentes, quer seja um pequeno resfriado, aquilo já causa um grande incomodo, as coisas já não ficam como deveriam ser, agora você imagine ter um filho ou filha “terrivelmente endemoninhado”!!
            É fácil presumir que aquela mulher já tivesse procurado vários outros caminhos, buscado soluções em tudo quanto é lugar. Quem sabe algum grande “profeta”, curador, benzedeiro...
A dor aguda e o desespero faz isso com a gente, nos torna cegos, batemos em toda e qualquer porta que exista uma possibilidade de esperança...
Mas a confiança em Jesus nos trás de volta a realidade, e na grande maioria das vezes essa confiança é exercida através da FÉ. A busca pela resposta se torna mais concreta, mais clara. A razão que antes havia desaparecido vem à tona e se alia ao coração...
O livro do profeta Jeremias diz:“Burcar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o coração.”Jr 29:13

O combustível que move o coração do homem/mulher nessa busca é a ...


Aquela mulher num ato inconsciente de fé chega até Jesus, e clama pela sua compaixão... Ela o chama de filho de Davi!
Talvez tivesse ouvido historias a respeito Dele, dos milagres que fazia, talvez seu coração tenha se enchido de tanta certeza (fé) que o Espírito havia lhe revelado aquilo; não sabemos. O que sabemos é que somente duas pessoas foram capazes de reconhecer em Jesus a concretização da profecia messiânica. Uma delas foi Bartimeu o Cego de Jerico (Marcos 10:46,52), a outra é essa mulher a Cananéia...
E ambas pessoas tidas pela sociedade como alienadas, rejeitadas, longe da graça de Deus, excluídos, a escoria da sociedade...
Ela reconhece e declara Jesus como o Messias, e se coloca diante Dele no versículo 22 numa atitude de culto, de adoração e reverencia...
Por muito menos que isso Jesus já havia respondido em situações anteriores, mas ali no verso 23 a bíblia fala que Ele não respondeu palavra alguma. Ele ficou quieto!
O silencio é muito mais atemorizador do que a resposta ofensiva ou negativa.  Ele cria uma ansiedade fora do controle...
Quem já não passou por isso, quem já não perdeu todos os cabelos do joelho de tanto orar e a resposta simplesmente não vem!!? È o silêncio de Deus frente as nossas orações...
Mas esse silencio não dura para sempre. Quando a fé em Jesus toma o controle da nossa vida, ela faz desse silencio um período de aprendizado e amadurecimento. O coração do homem e da mulher se fortalece e continua firme na direção da resposta...

O combustível que move o coração do homem/mulher é a Fé...




E aquela mulher tinha fé! E essa fé fazia dela perseverante, confiante... Ela não se intimida frente ao silêncio de Jesus, ela segue e se prosta diante Dele e O adora como nenhum outro judeu havia feito antes...
Eis aqui um diferencial. Com o passar do tempo nossa tendência é cada vez mais transformar a nossa espiritualidade, numa espiritualidade expressa, mas expressa não no sentido de expressão, mas no sentido da rapidez e da praticidade...
Nós corremos atrás de tantas coisas durante nosso dia, achamos que fazemos tantas coisas pra Deus, e acabamos caindo numa rotina espiritual que começa a impedir que exista realmente um relacionamento de dependência e cumplicidade com Deus... Quando isso acontece, a impressão que temos é que somos imbatíveis, “super-crentes”, mas na realidade nos tornamos tão fracos que qualquer ventinho, qualquer assovio no telhado tira a nossa atenção, desvia o nosso caminho, ou seja, o caminho da adoração gratuita....
Aquela mulher venceu essa rotina!! Ela se ajoelha diante de Jesus e clama: Senhor socorre-me!
E como se o silencio já não fosse por si só perturbador, no versículo 26 Jesus menciona aquela frase épica: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-los aos cachorrinhos”.
Jesus não diz aquelas palavras de maneira aleatória, ele nunca fazia isso. Existia um sentido naquilo que ele queria dizer.
No livro chamado A Historia dos Hebreus de Flavio Josefo, o autor diz que a frase dita por Jesus era um ditado já conhecido e muito usado pelos judeus quando se reportavam aos gentios, em especial ao povo siro-fenicio. Chamava-os de Cães! Ele menciona ainda que a palavra grega usada no texto significa cachorrinho de colo, de casa, aquele que tem permissão pra ficar debaixo da mesa... E não só Jesus sabia o que queria dizer, mas o povo gentio também conhecia essa frase...
Assim, desse modo, qualquer outro já teria desistido a essa altura do campeonato. Naquele momento a esperança que aquela mulher tinha começava a vazar pelo vão dos seus dedos. A luz que Jesus simbolizava antes se transformara como a luz de uma Locomotiva correndo em alta velocidade no sentido contrario a ela...
O silencio de antes se transforma em palavras duras, palavras que ofendiam...
E quantas vezes isso também não acontece conosco!! Quantas vezes nós oramos e jejuamos muito e dizemos “Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece...”. Mas na verdade, isso acontece porque erramos em fazer todas essas coisas com o piloto automático ligado...
Aquele primeiro amor que envolve o novo convertido tende a se apagar ou desaparecer com o tempo, e não porque Deus se torna menos capaz de amar, mas porque nós endurecemos o nosso coração...
Quando chegamos a esse ponto devemos olhar na direção de Cristo e buscar o resgate desse amor, traze-lo novamente à tona. E existe algo que nos ajuda muito nessa tarefa, algo tão simples que até na composição da sua palavra parece pequena, mas traz junto de si um poder tremendo... A Fé!
A Bíblia diz que sem ela é impossível agradar a Deus, diz que através dela até os montes saem dos seus lugares. A Fé quando praticada na sua excelência se converte em esperança e confiança, ela transforma realidades...

...Ela alcança o coração de Deus!!!!




A fé transforma maldições em bênçãos, transforma pecadores em homens e mulheres cheios da graça de Deus...
As situações difíceis chegam, mas fé, a fé em Jesus, enche o nosso coração de bom animo e com Ele vencemos essas situações, vencemos o mundo...
Há uma frase que diz assim: “A incredulidade é sempre capaz de tirar conclusões tristes, mesmo das mais confortadoras promessas, mas a fé pode achar ânimo mesmo onde pareça que tudo seja desanimador...”.
E aquela mulher Cananéia, por mais que naquele momento, tivesse tudo para acrescentar na sua vida mais um episódio de frustração, uma decepção na tentativa de salvar a sua filha, percebe e crê que naquele instante havia algo de diferente,  porque ali na sua frente estava o Senhor da vida.
E assim ela num ato que eu considero como um dos mais exemplares pra nossa vida como cristãos, pega aquela palavra que foi direcionada a ela como maldição, e através da sua fé, ela a transforma em benção... ou seja, ela TOCA o coração do Pai...

         “E ela disse: Sim Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.”Mt 15:27

Naquelas palavras ela dizia: Por mais que eu seja um cão, eu ainda tenho um dono, eu ainda tenho um Senhor, e por mais que eu seja um cão, eu sei e creio que esse Senhor cuidará de mim... Eu não sou um vira-lata, eu não estou andando errante pelas ruas, não! Eu tenho um Senhor...!
E no final, através da sua fé em Jesus, ela própria se tornou o instrumento de Deus para a salvação e cura da sua filha...
No Evangelho de Marcos o Senhor Jesus diz: “Por causa dessa palavra, podes ir, o demônio já saiu da tua filha...”Mc 07:29.
Aquela criança que antes era duplamente impura, naquele momento se tornou pura! Onde abundava o pecado, superambundou a graça!!

E com aquelas palavras Jesus está dizendo: Por causa de toda a fé que eu encontrei em você, MEU CORAÇÃO FOI TOCADO...!

Que nós sejamos capazes de praticar a nossa fé com tanta excelência ao ponto de alcançarmos o coração do nosso Senhor!!
Idamar.
Por Cristo, Com Cristo e Em Cristo.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A IGREJA QUE TRANSFORMA – BREVE RELATO





"Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim." João 17:23

** Alguns trechos extraídos da obra:  "Se Jesus fosse Prefeito" Bob Moffitt/Karla Tesch

A Igreja é o Corpo de Cristo na terra, são seus braços, seus olhos, sua boca. A Igreja é um dos instrumentos transformadores de Deus, juntamente com o Espírito Santo.
A Igreja nasce da conversão e da transformação constante do ser humano – sua mente, seu caráter e seu comportamento mudam – Deus realiza essa obra respeitando a história de cada pessoa, pois cada pessoa é única. Essa mudança que acontece num primeiro momento no âmbito do individuo, em seguida contagia toda a sua família, um se torna uns. Indivíduos e famílias transformados se unem e formam uma comunidade, a ação sobre a direção de Deus faz com que essa comunidade comece a mudar realidades à sua volta, assim comunidades transformadas por Deus alcançam uma Nação.
Desse modo funciona a Igreja; individuo, família, comunidade, Nação -  caminhando juntos tendo Cristo como centro de suas vidas.
Não tem como um cristão caminhar sozinho, pois ser cristão é estar ligado ao Corpo de Cristo, é estar envolvido, é viver em comunhão.
Essa congregação de Santos impacta o meio em que vive, e através dela Deus ministra intencionalmente em todas as áreas da vida.
Mais do que qualquer outra instituição, a igreja tem o maior potencial para conformar, e moldar a cultura, ela tem o mandado, a missão, tem o poder que foi dado a Ela pelo próprio Pai. A igreja ajuda no comprimento da tarefa de realizar a vontade de Deus na terra e no céu.
A Igreja promove a transformação bíblica do homem e da mulher, é usada por Cristo para restaurar tudo o que foi quebrado, partido naquele momento onde o ser humano se rebelou contra o seu Criador.
Mas em muitos casos, a igreja tem perdido seu foco, tem deixado a anunciação do Reino de Deus de lado e se entregando ao mundo, ao invés da igreja entrar no mundo e transforma-lo, o mundo tem penetrado na igreja e modificado toda a sua estrutura.
Em muitos casos, ela caminha combatendo os sintomas ao invés de curar a doença, segue ignorando a raiz dos problemas e perdendo tempo enfrentando a colheita continua da injustiça. Ao invés de combater o pecado, a igreja segue lançando um jugo cada vez mais pesado sobre os ombros do pecador.
A necessidade aliada à vontade de “propagar o reino” transforma a igreja num centro de entretenimento de todos os tipos, o culto se transforma em celebração, Cristo deixa de ser o centro da Igreja e passa a ser um serviçal na obra. Deus começa a ser avaliado não pelo que Ele é, mas pelo o que Ele faz...
Essa ânsia demoníaca provoca a ilusão de que quanto maior for o número de cristãos reunidos debaixo de um teto de templo, maior é a realização da vontade do Senhor. Para que isso aconteça, muitas vezes, a palavra de Deus é distorcida para não ofender os aspectos ímpios da nossa cultura capitalista e secularizada.
Existe uma historia que fala sobre dois tipos de igreja, igrejas-lago e igrejas-rio. Não são localizações físicas da igreja, mas filosofias de ministério. Um lago, embora grande, está limitado por aquilo que pode fazer. Ele pode crescer, Ele pode diminuir ou ele pode estagnar. Os rios, contudo, tem ímpeto; eles podem mudar seu curso, e com isso arrastam a tudo que encontram no seu trajeto. Uma igreja-lago é um lugar para coletar mais e mais pessoas e o sucesso é medido mais pelo tamanho do lago do que pelo crescimento das pessoas em caráter e serviço. Igrejas-rio impactam pessoas enquanto elas estão no canal, e elas gotejam pelas ribanceiras. “Quantas pessoas estavam lá?” é pergunta-lago. “O que aconteceu aqueles que foram?” é pergunta-rio. “Quantas pessoas foram (assistiram) ao programa?” é pensamento-lago. “O programa atingiu as pessoas (tocou-as)?” é pergunta-rio (Brow, 21).
Quando igrejas crescem de acordo com os princípios do Reino, seus membros se comprometem a viver sob o reinado do Seu Salvador, para representar esse reinado em cada domínio da sua vida pessoal, familiar e comunitária.
Quando as igrejas crescem assim, a sociedade toda é transformada. O Reino de Deus se torna visível e a vontade Dele é feita na terra e no céu.

Idamar.
Por Cristo, Com Cristo e em Cristo.