segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O PEQUENO KALLEL - UMA PARÁBOLA SOBRE O CUIDADO DE DEUS!







Certa feita fui a uma das belas cachoeiras da cidade de Faxinal com um grupo de amigos. Um deles, chamado Idamar, foi com sua esposa e filhos; o menor chamasse Kallel. Era um dia agradável: céu azul com bem poucas nuvens, o sol estava brilhando em toda a sua intensidade, e a temperatura estava elevada. Para chegar até a cachoeira passamos por uma trilha, uns trinta minutos de caminhada.

Enquanto caminhávamos, o pequeno Kallel, empolgadíssimo com a caminhada, não queria outro lugar senão estar a frente de todos. Se em algum obstáculo era necessário que um adulto passasse à frente, logo ele conseguia um jeito de tomar a dianteira novamente. Durante a caminhada ele não se preocupou em nenhum momento em estar perto do pai. Ele se sentia perfeitamente capaz de seguir a trilha e chegar à cachoeira conduzindo a todos.

Enfim, chegamos à cachoeira. A visão era esplêndida. E ali, uns trinta metros próximos ao pé da cachoeira, ficamos a contemplar aquela beleza da natureza por alguns minutos. Era o ponto alto da caminhada. Pois o objetivo da caminhada era chegar à cachoeira, com uma pitada de aventura.

Enquanto as nossas esposas se contentaram em se banhar nas águas próximas onde estávamos a contemplar a cachoeira, nós preferimos nos aproximar mais, e o pequeno Kallel foi conosco. Foi uma escalada de uns cinco minutos. Haviam diversas rochas escorregadias. Mas, ao chegarmos lá, a vista era muito melhor. Agora não apenas a víamos, mas a sentíamos bem próximo a nós.

Na posição anterior podíamos encará-la com muita facilidade. Mas, quando chegamos até onde a água caía, não conseguíamos mirar a cachoeira por muito tempo. O máximo que conseguíamos fazer era dar pequenas olhadelas. O vento era muito forte, e a água nos impedia de permanecermos a olhar detidamente.

A experiência de estar ao pé daquela cachoeira é indescritível. Não podendo fitá-la por muito tempo nos contentamos em sentar nas pedras, e ali permanecemos de costas para a cachoeira. Ali, sem poder contemplá-la fixamente, nos a podíamos ouvir, sentir seus respingos, o vento que ela gerava, e também sentir o cheiro agradável que aquela queda d'água proporcionava ao ambiente. Entre as rochas que a cercavam nos sentimos como em um santuário da natureza. Talvez ali também valesse as palavras de Deus a Moisés: "aqui é terra santa". A sensação era simplesmente indescritível.

Durante a caminhada a temperatura estava elevada, mas, ali, aos pés da cachoeira, devido ao frescor das águas, estava frio. Entretanto, aqui entra a lição que vi no pequeno Kallel. Enquanto escalávamos as rochas para chegarmos ao pé da cachoeira, no início foi difícil controlar o impulso desbravador daquele pequeno garoto. Porém, quanto mais nos aproximávamos, mais próximo ele ia ficando do seu pai.


Quando chegamos ao pé da cachoeira, embora estivéssemos no lugar mais belo e recompensador da caminhada - ali mesmo, onde vivíamos uma experiência contemplativa da beleza e sacralidade do lugar - o Kallel rapidamente buscou segurança nos braços de seu pai. Aquele garotinho corajoso e desbravador, em meio a beleza surreal do local, que também lhe causava temor, encontrou segurança para desfrutar daquele momento somente nos braços do seu pai.

Foi uma lição e tanto sobre a segurança que desfrutamos nos braços do Pai celestial. Quantas vezes sentimos que sabemos tudo, que somos independentes, que nossa braveza e coração desbravador nos bastam. O lugar onde o Kallel percebeu a segurança que os braços de seu pai lhe conferiam não foi em meio a trilha, onde ele podia sentir autoconfiança - a trilha em nada se comparava aquilo que desfrutamos ao pé da cachoeira.

Quando chegamos ao ápice da nossa caminhada, no momento mais deslumbrante da caminhada, aquilo causou temor no coração do pequenino Kallel. E somente ali ele percebeu a segurança que os braços de seu pai lhe conferiam. A experiência do local, repito, era indescritível, porém, ao pequeno Kallel só foi possível desfrutar aquele momento enquanto seguro nos braços do pai.
Creio que assim somos nós nos momentos mais deslumbrantes da vida - esses momentos em que ficamos extasiados e maravilhados com o mistério divino - o temor nos toma o coração. No entanto, isso nos faz reconhecer que o melhor lugar do mundo para vivenciar o momento é quando nos encontramos escondidos, sentindo-nos seguros, nos braços do nosso Pai Celestial.



 Cezar Flora
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Invista no Reino, invista em pessoas


     Investir em algo que não me trará retorno aparenta ser um bom negócio? Creio que não. No entanto ao olharmos para os valores do Reino de Deus alguns itens da lista sobre investimento não nos trazem qualquer afirmação de “lucros” se assim pudéssemos denominar. 

     Serei mais específico. Investir num relacionamento em que não se receba algum benefício em troca não é legal. Certo?! Talvez. 

     Ao falar sobre investir no Reino de Deus logo vem a mente, dinheiro, ofertas, dízimos, como se Deus precisasse. Mas investir no Reino é investir em pessoas. Mesmo aquelas que aparentemente ou nunca renderão algum tipo de “fruto”. Jesus caminhou com homens e mulheres que não tinham muito o que oferecer, e foi um exemplo do que é investir em pessoas. 

     Olhando para a Igreja hoje vejo pessoas andando, conversando, investindo naqueles e naquelas que geram benefícios. Não que isso seja errado, o problema é que sempre se cai no extremo. E o que se vê são pessoas abandonando a fé. Soldados sendo abandonados no campo de batalha. 

     Por esse motivo me convenço mais de que o andar com Cristo é pela fé e não por vista. 


2ª Coríntios 4.16-18
16Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.


 Rodrigo