A teologia da Missão Integral propõe a
mescla da ação social com o evangelismo olhando para o ser humano como uma criatura
de Deus na sua totalidade com necessidades físicas, materiais e espirituais.
Ela pretende desalienar as práticas de fé existentes na grande maioria das
comunidades e nas atitudes das pessoas.
As tradições e os costumes herdados
criaram raízes no meio cristão, principalmente no meio evangélico, trazendo pra
nós, ainda que não propositalmente, o pensamento equivocado de separar o homem
do seu todo, criando partes distintas do ser humano, ou seja, a famosa ideia de
corpo, alma e espírito. Ao adotar esse pensamento, acabamos por distanciar as
necessidades de um e do outro, desconstruímos a obra da criação de Deus que por
sua vez fez o homem e a mulher na sua totalidade, interagindo com o meio em que
vive.
A partir daí criou-se uma ideia
dualista, condenando o que provem da carne e exaltando alienadamente o que
seria do espírito ou da alma.
Tal visão faz com que o ser humano se
torna uma simples estatística, um numero ou uma equação matemática. A conversão
se torna superficial porque toca apenas a superficialidade do ser humano, o
evangelho perde seu poder transformador e cria uma geração de sepulcros
caiados.
Iniciativas como a da Teologia da
Missão Integral têm obtido bons resultados na tentativa de corrigir esses
hábitos nocivos e instaurar o ide de Cristo na vida do homem e da mulher de
maneira que se tornem salvos e remidos por inteiro, e não em partes...
A extrema exploração da
espiritualidade de maneira irresponsável tem cooperado para esse surgimento crentes
fracos e superficiais, que não se aprofundam no amor de Cristo. De certo modo
as palavras do Senhor Jesus tem se confirmado: “E por se multiplicar a
iniquidade, o amor se esfriará de quase todos.” MT 24:12.
A iniquidade não está apenas ligada ao
pecado ou pecador, ímpio ou pessoa longe da presença de Deus. A iniquidade
também é sinônima de desigualdade, de injustiça e de excessos de todos os tipos.
E quantos são os que existem no meio da igreja que tem agido assim. Penso que
por isso mesmo Jesus tenha dito, “quase todos” ....
O profeta Isaias menciona no seu livro
que o verdadeiro jejum que agrada a Deus, e tratando-se de jejum podemos também
chamar de sacrifício que agrada a Deus, não é aquele que se resume a abster-se
do alimento ou vontades, mas sim a demonstração efetiva de amor ao próximo, em
todas as suas necessidades; físicas, psíquicas, materiais e espirituais (Is
58:06-07).
Certa vez ouvi uma historia sobre um
rapaz cristão que passando com o seu carro por um semáforo foi incomodado por
uma criança parada ao lado da sua janela, descalça com aparência abatida,
pedindo por uma ajuda... O sinal se abre e o rapaz se vê obrigado a seguir em
frente. Aquela imagem o perturbou e ele como bom cristão que era dobrou os seus
joelhos e orou ao Senhor dizendo: Senhor
Deus, porque o Senhor não ajuda esses pequeninos, porque o Senhor não faz nada
pra mudar essa realidade... E eis que o Senhor respondeu a oração do rapaz:
Mais Eu já fiz!!! ... Fiz você!!
Cada vez que amamos o próximo, de
maneira verdadeira, estamos pregando Jesus a ele. É essa atitude nossa que
desperta o desafio na mente e no coração do outro, aproximando-o de Deus. A
partir daí o Espírito Santo se encarrega da obra.
E por fim, façamos como diz uma frase
conhecida, geralmente atribuída ao grande homem São Francisco de Assis: Preguemos o evangelho a todo o instante,
para todas as pessoas, e se preciso for usemos as palavras ...
Por Cristo, Com Cristo e
Em Cristo.
Parabéns pelo blog... Que a Graça de Deus esteja sempre com a Vida de vcs!!
ResponderExcluirEdson Miranda... vou seguir vcs
meu blog é : http://edsonsmiranda.blogspot.com.br