sábado, 15 de setembro de 2012

SEGUIR JESUS (PARTE UM)








Evangelho de Mateus Cap. 08:19

Então aproximando dele um escriba, disse-lhe: Mestre, seguirte-ei para onde quer que fores.
Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
E outro dos discípulos disse: Senhor, permite-me ir primeiro sepultar o meu pai.
Replicou-lhe porém Jesus: Segue-me, e deixe aos mortos que sepultem os seus próprios mortos.


O trecho de Mateus revela duas situações contrarias na vida daqueles que tomam a iniciativa de seguir a Jesus.
No primeiro exemplo vemos um escriba, um doutor da lei, ou seja, uma pessoa que conhecia os fundamentos da palavra de Deus declarada pelos profetas e líderes do Antigo Testamento. Talvez devido a isso, estivesse acostumado ao fato de que seguir o Cristo, o Messias, devesse representar uma vida de vitórias e de glórias, que eram promessas feitas por todo o AT.
Aquele homem estava dando um passo à frente na sua vida espiritual e tomando a decisão de seguir a Jesus “Para onde quer que Ele fosse...”. É claro que ele não fazia idéia do que aquela decisão significava naquele momento. Fica óbvio que sua iniciativa estava firmada sobre uma religiosidade, uma historia de tradições que com certeza ele vinha aprendendo por vários anos, herdada pelo povo judeu. Por isso Jesus o alerta do que o estava esperando ao caminhar junto Dele.
No segundo exemplo vemos algumas situações diferentes. A Bíblia não diz qual era o nível de conhecimento da lei que aquele personagem tinha, não revela se ele era uma pessoa culta ou se era, tal como os outros discípulos, um homem simples, um pescador ou uma pessoa do campo. Mas a Palavra de Deus diz que ele já era um discípulo, ou seja, já havia tomado em determinado momento da sua vida, a decisão de seguir Jesus, e já o seguia. Assim percebemos que sobre aquele homem já existia toda uma responsabilidade quanto a obra de Cristo, ele já se considerava um discípulo, dessa maneira ele tinha a obrigação de servir como o seu mestre servia. Por isso Jesus o adverte quanto ao que ele pede, pois sobre ele havia a carga de ser um servo de muitos e não somente a sua família. Ele estava colocando a frente da sua missão questões particulares necessidades das quais ele haveria de abrir mão uma vez que havia tomado a decisão de seguir a Jesus. Entendo que não era necessariamente o fato dele desejar ir enterrar o pai, mas sim o foco. O pastor conhece suas ovelhas, o mestre conhece seus discípulos, é certo que por caminhar lado a lado junto daquele homem, e por ter a capacidade divina de conhecer o profundo da alma humana, Jesus pôde enxergar a grande dúvida que começava a nascer no coração daquele discípulo. È muito comum pensarmos em desistir de sonhos e projetos quando somos expostos a grandes tribulações. Penso que aquele homem estava prestes a abandonar seu ministério frente a perda do pai...
Duas situações, uma um homem religioso e que motivado por essa religiosidade quer tomar os caminhos de Cristo, a outra um homem simples que já havia tomado a decisão de seguir Jesus e que naquele instante pensava em voltar atrás, em abandonar a caminhada.
Jesus não obriga ninguém a segui-lo, mas uma vez tomada essa decisão, feita essa escolha, Ele quer que você permaneça firme no propósito e não se deixe sucumbir frente as propostas do mundo. Seguir a Jesus é um convite pessoal, individual, e que nessa individualidade afeta cada um de uma maneira diferente. Seguir a Jesus não é apenas tomar a decisão de levar uma vida de adoração e admiração por Ele ou por Sua obra, mas acima disso, ser um imitador das suas obras, um continuador da sua missão.
Se a sua decisão por seguir Jesus não for a de levar uma vida como a Dele, onde por muitas vezes você vai ser desafiado a se colocar em situações de sacrifício e lutas, quando não seus próprios desafios e lutas, mas outra vezes se colocando a frente delas pelo seu irmão; você desistirá pelo caminho, sucumbirá. Mas uma vez certo do que isso significa, Jesus garante que o seu galardão, o seu presente, será grandioso e a sua alegria sem tamanho.
Em resumo, Seguir a Jesus é a decisão de levar a nossa vida de acordo com os seus ensinamentos, tanto no que diz respeito a maneira como devemos cuidar dos nossos interesses, como também o modo como olhar para os interesses dos outros. Isso traduz, ou tenta traduzir, o grande mandamento deixado por Ele – Amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo.
Quando olhamos para a maneira como vivemos, quais tem sido as nossas prioridades, percebemos que diariamente travamos uma luta contra nós mesmos, contra as nossas vontades, que na grande maioria das vezes vão na contramão dos ensinos de Cristo. Por isso que seguir a Jesus exige um sacrifício diário, um exercício de renuncia. E lutar contra essas vontades não é fácil pra ninguém, mas é um ato de perseverança e fé. Assim vivendo dia após dia como discípulo de Cristo, nos esforçamos em obedecer a sua vontade que se resume na vontade do Pai, por isso, e através disso, demonstramos nosso amor a Deus, perseveramos porque amamos a Deus e buscamos o ideal de amá-lo acima de todas as coisas.
E a ação de segui-lo se completa no amor ao próximo, no doar-se também de maneira diária a vida daqueles que estão a nossa volta, que em regra, é outro grande desafio do discípulo de Cristo. Por isso não temos tempo de olhar pra trás, de sequer pensar no que ficou pra trás, é um ato de seguir adiante, de errar e tentar de novo, sem desistir. A grande artimanha do pecado é fazer com que percamos tempo pensando nele, por muitas vezes nos condenando por ter errado conosco e com o próximo. Por isso Jesus se coloca como o libertador do pecado, e esse caminhar diário como discípulo de Cristo nos ensina a recorrer a Ele quando nos sentimos culpados. Não temos tempo a perder!! Seguir a Jesus requer uma decisão rápida! Tem que ser agora!


Por Cristo, Com Cristo e Em Cristo!.

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