segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Eu Ainda Acredito na Comunidade da Fé - Parte 2



Porque NELA VIVENCIAMOS O CUIDADO.

Nos versos 8 e 9 do capítulo 4 de Gênesis Caim se revolta contra seu irmão Abel vindo a matá-lo. E o que me chama atenção é a resposta de Caim quando Deus pergunta onde estava Abel: “Não sei; por acaso, sou eu tutor do meu irmão?”

Claro que sabemos a resposta. O real propósito de cuidarmos e sermos cuidados. Um dos princípios da vida em comunidade é este: o cuidado uns com os outros, expressão que aparece no Novo Testamento por pelo menos 64 vezes, princípio que precisa ser restaurado e vivenciado nos dias de hoje.

Quantas pessoas estão frustradas e decepcionadas buscando o que sua comunidade de fé deveria proporcionar a elas.

Estamos o tempo todo lidando com pessoas, nos relacionando e relacionamentos que muitas vezes nos machucam. Você pode estar passando por este momento, vivendo uma situação onde pensa em abandonar sua comunidade de fé. Mas abandonar sua comunidade ainda não é o melhor caminho. Podemos até sofrer menos, mas também deixamos de crescer.

Precisamos buscar alguém com quem possamos compartilhar nossas dores, alegrias; alguém que nos ajude ajustar o foco quando o perdemos; alguém que nos confronte, mostrando nossos erros e pecados; alguém que nos abrace, que caminhe lado a lado conosco.

Por isso te convido a refletir sobre isso e aproveito para perguntar: você tem um discipulador, um mentor espiritual, alguém que você pode se abrir, que caminha, que ora com você, que te confronta, que te corrige, que te ajuda em sua caminhada com Cristo?

Talvez este seja o seu e o problema de muitos cristãos, pessoas que caminham sozinhas.
“Não há como ser peregrino solitário neste caminho. Precisamos desesperadamente de orientação, de direção dentro dele. Hoje, confesso, minha alma necessita mais do que nunca entregar-se a alguém que já conheça e já tenha experimentado muito mais intensamente os altos e baixos desse caminhar, os atalhos a ser evitados, a direção certa nas muitas encruzilhadas, os momentos iluminados do caminho, bem como a ‘noite escura da alma’, quando as sombras nos convidam a desistir”. (Pedreira, 2005: 305 – citado no livro Humanos graças a Deus de Jonathan Menezes)

É certo que enfrentaremos decepções, frustrações, seremos magoados assim como magoamos e machucamos também. Mas é ali em meio a pessoas diferentes, de pensamentos muitas vezes opostos, com vontades divergentes é que temos oportunidade de nos unirmos em Cristo. Sabendo que Ele é o Senhor e está cuidando de nós. Ele vê os sofrimentos e as dificuldades que enfrentamos e posso te afirmar que Ele sempre providencia alguém para manifestar seu amor e sua presença em nossas vidas. 

Eu ainda acredito na Comunidade de Fé... continua.



Rodrigo

Nenhum comentário:

Postar um comentário